O corpo do dançarino foi encontrado na manhã de terça-feira no pátio de uma creche no morro Pavão-Pavãozinho (Copacabana, zona sul do Rio), junto a um muro com 10 metros de altura. Ele foi enterrado nessa quinta-feira à tarde. Após o sepultamento, protesto realizado por moradores da favela e black blocs causou tumulto nas ruas de Copacabana.
Já prestaram depoimento à Polícia Civil oito dos dez PMs que participaram de um suposto confronto com traficantes horas antes de o corpo de DG ter sido descoberto. Segundo Ribeiro, todos negaram ter atirado no dançarino. Contudo, disseram que viram um vulto pulando o muro traseiro da creche.
A princípio não é possível confirmar que DG foi torturado ou espancado, disse o delegado. "Não podemos sustentar que houve tortura, mas vamos nos aprofundar. A priori, não há indicação de espancamento." Também já foram interrogados um irmão de criação de Edilson Santos, um adolescente que o socorreu e PMs que o levaram ao Hospital Miguel Couto, onde já chegou morto. Santos foi baleado na cabeça durante o protesto de moradores do Pavão-Pavãozinho, na noite de terça, que terminou em tiroteio e confusão na favela e no bairro. Investigadores da Corregedoria da PM e da 13ª realizaram ontem perícia complementar na creche Lar de Pierina, onde DG morreu..