"O perito não deve ter tido condições de afirmar, no momento, que aquele orifício era de projétil de arma de fogo. O objetivo da perícia de local não é exclusivamente apontar a causa da morte. Isso cabe ao laudo de necropsia feito no Instituto Médico Legal (IML). A perícia de local (feita por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli) deve apontar a dinâmica do que houve no local do crime".
A primeira foto do corpo de Douglas que o mostra agachado em posição de defesa foi divulgada na quarta-feira, 23, por parentes da vítima. Até então, imaginava-se que DG havia sido encontrado naquela posição.
O delegado reiterou que as lesões encontradas no corpo não são compatíveis com tortura e agressões, como acusa a mãe de DG, a auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, de 56 anos. Perguntado então sobre o motivo de a mulher fazer essas acusações contra policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho, o Ribeiro respondeu: "A mãe da vítima fala o que bem entender.
Nesta sexta, foi ouvido na 13ª DP mais um dos dez PMs que teriam participado do suposto confronto com traficantes do Pavão-Pavãozinho na madrugada de terça, poucas horas antes de o corpo de DG ter sido encontrado no pátio de uma creche no alto da favela. Ribeiro, no entanto, não divulgou a versão do policial.
O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, esteve no início da tarde na 13ª DP, onde reuniu-se com Gilberto Ribeiro. Barbosa disse que a especializada está apenas auxiliando a 13ª DP na condução do inquérito..