A Comissão da Verdade do Rio já sabe que um dos invasores do sítio do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães, em Nova Iguaçu, onde o militar foi achado morto após assalto, disse ser parente de alguém que o oficial teria assassinado. A afirmação foi ouvida pela viúva do oficial, Cristina Batista Malhães. Ela reforçaria a hipótese de vingança - mas não inviabilizaria a possível ligação do crime com o passado do oficial na repressão militar da ditadura.
A invasão aconteceu na última quinta-feira. Os criminosos chegaram a tentar enforcar Cristina para forçar o coronel a revelar onde guardava sua coleção de armas, suposto alvo dos ladrões. Depois que fugiram, constatou-se que o oficial, deixado de bruços com o rosto sobre um travesseiro, havia morrido. A guia de sepultamento apontou como causa complicações cardíacas. A Polícia investiga a possibilidade de asfixia. Somente um laudo definitivo do Instituto Médico-Legal determinará o que matou o militar.