Para o antropólogo Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, as autoridades de segurança estão perdendo a "guerra da comunicação" na defesa do programa das UPPs do Rio. Recentemente está se tornando comum protestos de moradores de favelas pacificadas exigindo a retirada das UPPs destes locais. Isso ocorreu nas várias manifestações de moradores do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana (zona sul), contra a morte do dançarino do programa Esquenta, da TV Globo Douglas Rafael Pereira.
Além disso, na opinião do especialista, a raiz da crise das UPPs está no fato de o programa ter ficado pela metade. "A pacificação tem três fases: intervenção policial para retomada do território; ocupação social para integrar as favelas à cidade formal; e a retirada da polícia. Infelizmente, até agora apenas a primeira fase se concretizou", disse.