As ações dos militares que estão atuando no processo de pacificação do complexo de favela da Maré, no Rio de Janeiro, passarão a ser monitoradas por meio de imagens que serão transmitidas em tempo real ao Comando do Exército, em Brasília. A proposta, anunciada nesta terça feira (29) na capital federal, é instalar câmeras de alta resolução nos uniformes dos soldados e também em veículos, e transmitir as imagens usando a frequência 700 mega-hertz (MHz), a mesma que será destinada à rede 4G.
De acordo com o general, os estudos para uso do sistema devem estar concluídos até a primeira quinzena de maio, mas ele não antecipou quanto será o início das operações online na Maré. A implementação da infraestrutura necessária será feita pela empresa Motorola, em parceria com o Exército. A empresa disse que deve investir entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão no processo.
“A demanda por dados e imagens é muito grande, fruto da realidade do emprego da tropa na comunidade da Maré. Devemos implantar um teste operacional similar ao que temos em Brasília, desde 2012, para atender a essa necessidade. Há [também] o interesse de ter uma cobertura onde são realizadas as grandes manifestações no Rio, como na Avenida Presidente Vargas, na Central do Brasil e no Maracanã”, explicou o general.
As imagens, segundo o general, poderão ser usadas para planejamento das operações e também como prova nos casos de conflito envolvendo os militares. “Está sendo uma ação de pacificação muito mais sensível e as imagens vão permitir que não haja dúvida quanto ao que está ocorrendo e darão maior proteção ao militar que está no front”, observou o Souza.
“A nossa experiência com o emprego do LTE [sigla em inglês para Long Term Evolution, uma tecnologia 4G] em Brasília, feito pela Motorola, ampliou a capacidade operacional e a eficácia dos nossos militares na Copa das Confederações e em exercícios”, pontuou o general. “Para a missão que o Exército está desempenhado na Maré, é fundamental.”