"Tal afirmação representa mais uma agressão direta e gratuita aos 400 mil profissionais que têm se empenhado diuturnamente no suporte às políticas de saúde e no atendimento à população nas redes públicas e privada", diz trecho da carta aberta à presidente.
Em jantar com jornalistas esportivos em razão da Copa do Mundo, na segunda-feira (28), a presidente elogiou o tratamento dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, definindo-o como mais "humano".
Em oposição, o CFM afirma no documento que a medicina brasileira está entre as melhores do mundo, embora o sistema público esteja em crise. "Seus representantes são referência internacional no diagnóstico e no tratamento de doenças e, apesar da ausência de estímulos do Estado e das parcas condições de trabalho, agem como heróis em postos de saúde, em ambulatórios e nos hospitais e prontos-socorros, constantemente abarrotados por cidadãos com dificuldade de acesso à assistência", afirma. Sobre o SUS, a entidade diz que sucessivos relatórios e levantamentos (nacionais e internacionais) apontam "um cenário de guerra", no qual médicos e pacientes são vítimas.
A entidade aproveita a carta para repetir os mesmos pedidos: aumento de investimentos em saúde, modernização da gestão do setor e criação de uma carreira pública para os médicos e outros profissionais do SUS. "Apenas acompanhamos pela TV o anúncio de um programa de importação de profissionais que está longe de resolver de forma estruturante o caos da saúde", critica..