Jornal Estado de Minas

Maioria dos restaurantes das cidades-sede cumpre exigências higiênico-sanitárias

Em Belo Horizonte, apenas 8,2% dos estabelecimentos ficaram na categoria A, que significa melhor classificação. O diretor de Gestão da Anvisa, Ivo Kukaresky, explicou que todos os locais que se enquadram nas categorias A, B e C podem ser usados pela população com segurança

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- Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classificou na Categoria B 40% dos estabelecimentos de alimentação localizados em 11 das 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Isso significa que eles atendem à maior parte dos itens exigidos na lista de verificações higiênico-sanitárias, mas registram algumas irregularidades.

No caso de Belo Horizonte, em que foram avaliados 98 estabelecimentos na primeira etapa, apenas 8,2% ficaram na categoria A (menor número de irregularidades). Na categoria B, ficaram 44,3%; na categoria C foram 34,4%. Na categoria D (pendente), foram 19,4% na capital mineira.

O resultado é parte do primeiro ciclo da Categorização dos Estabelecimentos de Alimentação, divulgado hoje (2). Salvador é a única cidade-sede que não participou da inspeção.

Dados nacionais
De acordo com o levantamento, 24% dos estabelecimentos foram classificados na Categoria C (número mais elevado de irregularidades) e 19% na Categoria A (baixo número de irregularidades e cumprimento de itens considerados classificatórios), enquanto 15% constam como pendentes por terem alcançado baixa pontuação ou por terem descumprido itens considerados eliminatórios.

O diretor de Gestão da Anvisa, Ivo Kukaresky, explicou que todos os estabelecimentos que se enquadram nas três categorias podem ser usados pela população com segurança. Ele lembrou que a avaliação feita pela agência não está relacionada ao preço cobrado ou à qualidade do sabor do alimento. “Avaliamos apenas a segurança sanitária”, resumiu.

Segundo ele, as notas do primeiro ciclo representam um primeiro retrato da classificação dos restaurantes inspecionados. O próximo passo é orientar os estabelecimentos sobre as correções a serem adotadas pois, após a divulgação do segundo ciclo de categorização, os selos vão começar a ser fixados nos restaurantes.

“A ideia não foi punir os estabelecimentos que estivessem eventualmente inadequados, mas prepará-los”, disse.
“Nosso objetivo não é fechar os estabelecimentos de alimentação, mas torná-los mais adequados”, completou.

A gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, o projeto de categorização de estabelecimentos de alimentação já é adotado em cidades como Los Angeles e Nova York. No Brasil, surgiu como uma demanda do Ministério da Saúde.

A expectativa da agência é que os restaurantes inspecionados corrijam as irregularidades e adquiram um selo que indique melhor qualidade do serviço. “A gente espera encontrar um resultado melhor para que o projeto atinja o objetivo, que é o de movimentar o setor”, ressaltou ela.

O resultado final da avaliação deve ser divulgado no final do mês, quando os estabelecimentos começam a receber o selo de classificação.

A categorização, segundo a Anvisa, permite, pela primeira vez, que o cidadão conheça a situação sanitária dos estabelecimentos de alimentação de sua localidade e permite que os governos locais cidades possam agir de forma mais estratégica, com foco nos restaurantes com pior desempenho.

Além das 11 cidades-sede, a Anvisa avaliou 13 municípios considerados de grande potencial turístico, como Búzios (RJ), Gramado (RS) e Olinda (PE). As informações podem ser acessadas por meio do site https://www.anvisa.gov.br/hotsite/hotsite_categorizacao/index.html.


Com informações da Agência Brasil
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