Os cerca de 2,5 mil barracos que formam a Ocupação Copa do Povo começaram a ser erguidos no sábado, 3, em terreno particular de 155 mil metros quadrados, a cerca de 4 quilômetros do estádio que vai receber a abertura do Mundial. As famílias que estão no local recebem, em média, R$ 300 mensais do bolsa-aluguel da Prefeitura. Na segunda-feira, 5, a dona do terreno, controlada pela Viver S.A, havia pedido a remoção das famílias no imóvel.
"Chega a ser surpreendente, para dizer o mínimo, a rapidez com que o excelentíssimo juiz despachou em favor da incorporadora dona do terreno, desconsiderando que a área não cumpria com sua função social, servindo apenas como local para uso de drogas, assaltos, estupros, descarte de carros e desova de cadáveres", afirmou o líder da ocupação, Guilherme Boulos. Ele disse que a Copa do Povo "é resultado do aumento da especulação imobiliária que jogou o valor dos alugueis as alturas, expulsando os moradores mais pobres para regiões mais periféricas ainda e com uma estrutura ainda precária de serviços públicos". "Infelizmente, a decisão da Justiça corrobora com esse escândalo", finalizou..