A noite de 9 de setembro de 2013 foi de terror para moradores de um prédio de alto padrão em Águas Claras, no Distrito Federal.
Por volta das 20h, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu chamado para atender a uma ocorrência de afogamento de uma criança. Ao chegar ao local, a equipe tentou, sem sucesso, reanimar o menino, que perdeu a vida 12 dias antes de completar 2 anos. A tragédia que abalou vizinhos e conhecidos da família, no entanto, ganhou nova interpretação com a divulgação de um laudo produzido pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do DF. De acordo com o documento, o que houve foi uma “morte violenta por afogamento”, com sinais de violência sexual.
Ao chegarem à cobertura em um prédio na Avenida Flambloyant, os peritos encontraram o corpo da criança sobre a cama da suíte do imóvel, envolto por um lençol. O garoto, que vestia meias brancas e short laranja, apresentava diversos ferimentos, alguns cobertos por curativos. Segundo matéria publicada no site do Correio no dia da morte, a mãe do garoto estaria em casa, sozinha com os três filhos, quando o caçula teria desmaiado e se afogado na banheira de plástico.
O caso foi investigado inicialmente pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). Concluído o inquérito, o delegado que conduziu o processo decidiu indiciar a mãe por homicídio doloso — quando há a intenção de matar.
Agora, o caso está sob responsabilidade da Coordenação de Homicídios, que vai pedir novos exames e colher mais depoimentos. O trabalho vai comprovar ou rejeitar os argumentos apresentados pelos responsáveis da 21ª DP. A tese, segundo apurou o Correio, ganhou força em virtude de contradições nos depoimentos e da contundência do laudo produzido pelo IC.
Além dos sinais de abuso, o documento registrou que manchas de sangue foram encontradas na fralda descartável, em machucados próximos à boca e ao pescoço do bebê, e no lençol que cobria o corpo dele. Algumas escoriações estavam cobertas por gaze e, no pé direito, havia uma grande lesão. Foi registrado ainda um ferimento na cabeça..