Eles protestam contra os gastos públicos com a Copa do Mundo e consideram a empresa um símbolo desses gastos. "Não tem moradia e todo o dinheiro da Copa vai para Odebrecht. Está tendo a Copa e é despejo todos os dias, as nossas reivindicações estão ficando para trás. O dinheiro da construção de hospitais também está sendo desviado para isso", disse José Carlos Pereira dos Reis, coordenador do coletivo estadual do MTST.
"Queremos educação, saúde, creches, moradia. Porque não é justo que as pessoas estejam na rua e o governo gastando com coisas que não precisa", disse Fabíola Rodrigues de Araújo, 25 anos, dona de casa. Ela é moradora da ocupação Novo Pinheirinho, de Embu das Artes. "Tem gente que doa roupas, alimentos, bastante coisa para gente dentro do acampamento.
Ilmo Gomes de Souza, de 38 anos, motorista, também mora em Novo Pinheirinho, há um ano e oito meses. "É um absurdo o que gastaram com a Copa. Poderia estar fazendo moradia, em vez de gastar com uma Copa de poucos dias".
Hecílio Ferreira da Costa, de 42 anos, trabalha como segurança e concorda que a Copa não é boa para o país. "Primeiro devia estruturar o Brasil na educação, na saúde, na moradia, para depois fazer esse negócio de Copa. Não temos escola digna para os nossos filhos, médico... O Brasil está numa situação crítica", disse.