Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição inflacionária entre março de 2013 e fevereiro deste ano (o que, segundo eles, gira em torno de 5,4%, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor), além de 8% de ganho real. A categoria também pede equiparação dos créditos de seu vale alimentação (hoje em R$ 100 por mês) com o dos metroviários (que está em R$ 247,69). Também há reivindicação pelo aumento do vale refeição para 24 cotas de R$ 30 mensalmente, ou seja, mais do que as 22 cotas de R$ 23 que vigora hoje.
Outro ponto defendido pelos sindicatos é uma garantia mínima de R$ 5 mil por cada trabalhador da empresa no programa de participação nos resultados. Esse ganho tem sido variável e, segundo Eluiz Alves de Matos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, a partir de metas estabelecidas pela própria empresa, que dificilmente são atingidas. Ainda de acordo com Matos, com relação ao reajuste salarial, a empresa fez uma proposta de 3,97%, ou seja, abaixo da inflação. "Estamos em negociação desde janeiro e a CPTM alegou que essa é a proposta final, mas a categoria a rejeitou."
Às 18h da próxima quarta-feira, 14, uma nova assembleia está prevista para acontecer na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, que representa os funcionários da antiga estrada de ferro Santos-Jundiaí, o que corresponde às atuais Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da CPTM.
Além dessa entidade, participam do movimento o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil e a Associação dos Engenheiros Ferroviários no Estado de São Paulo. Matos informou que ainda não há nenhuma audiência programada na Justiça do Trabalho para que as partes possam tentar chegar a um acordo. Procurada no início da tarde, a CPTM não informou qual é a proposta da empresa para a situação..