Brasília – Embora tenha abandonado o mote de “Copa das Copas”, o governo corre contra o tempo para conseguir fazer um Mundial que dê orgulho para os brasileiros. Será realmente preciso pisar no acelerador: a 32 dias do evento, 62% das obras de mobilidade urbana ainda estão em execução. Já na área de segurança, uma das principais preocupações do Planalto, praticamente todas as cidades-sede passaram por treinamento simulando situações reais. Os dois últimos ocorrerão na quarta-feira (Curitiba) e em 18 de maio (São Paulo).
Pasta escolhida para coordenar os trabalhos para a Copa, o Ministério do Esporte ampara-se em dados do Ministério do Turismo para apostar no sucesso do evento. “A Copa das Confederações de 2013 gerou um movimento de R$ 20,7 bilhões no país e outros R$ 9,7 bilhões como renda acrescida ao PIB brasileiro, com a criação de 303 mil empregos em todo o país. Os megaeventos esportivos são oportunidades históricas para gerar empregos e acelerar a modernização do país”, afirmou o ministério, em nota oficial.
Inteligência Na área de segurança, as manifestações de junho do ano passado obrigaram o governo federal a adiantar o planejamento para o mundial. “Teremos grandes eixos de atuação, que passam por aeroportos, estádios, fun fests, deslocamento de autoridades e de turistas. Estamos trabalhando para atender todas essas demandas”, assegurou o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues.
Delegado da Polícia Federal, Rodrigues assegura que, de junho passado para cá, o país já evoluiu bastante. Foram concluídos, por exemplo, os Centros Integrados de Comando e Controle Nacional (CICCN) em todas as cidades em que ocorrerão os jogos. Os comandos móveis e as plataforma de observação elevada — na verdade, caminhões usados como veículos de segurança — foram adquiridos. O país também evoluiu na captação de imagens aéreas para identificação de pessoas que pretendam atrapalhar a segurança dos jogos.
O secretário reconhece que eventos como a Copa do Mundo são propícios para manifestações públicas contra o governo e as autoridades constituídas. E acrescenta que não é intenção das autoridades de segurança impedir que as pessoas protestem. Só serão coibidos atos de violência e vandalismo. “As últimas manifestações contra a Copa do Mundo, em São Paulo, transcorreram dentro da normalidade. Pretendemos agir durante os jogos antecipando os riscos com ações de inteligência”, declarou Andrei.