Há dois tipos de situação. Em alguns casos, realmente apontamos sobrepreço, como no Maracanã, de R$ 174 milhões. O estado (do Rio de Janeiro) procurou explicar, chegamos a um momento de impasse, o BNDES suspendeu a remessa de recursos do financiamento. Depois, o assunto foi a julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU), que aceitou, em parte, as explicações do estado. Sobrepreço é diferente de superfaturamento, que é quando o valor já foi faturado. Há outros casos (cujo preço final saiu maior) que eram defeito de projeto. É o mais comum e acaba requerendo aditivos.
Há mais exemplos de sobrepreço, além do Maracanã?
A Arena da Amazônia, por exemplo, demorou muito para se chegar a um entendimento sobre o preço justo.
Uma das críticas nas manifestações de 2013 eram os gastos do Mundial. Como o senhor avalia isso do ponto de vista político?
Há um enorme equívoco. Da parte de alguns, intencional. De outros, mera desinformação. É confundir custos dos estádios com o da matriz. Há muito mais do que estádios. Há obras de mobilidade urbana, de aeroportos, de portos. Obras que a população quer e que felizmente foram aceleradas.