Rio, 13 - Nova greve de ônibus, desta vez de 48 horas, foi deflagrada à 0h desta terça-feira, 13, por uma dissidência do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Rio. Na greve do último dia 8, quando 467 ônibus foram atacados e parcialmente destruídos. Na tentativa de evitar que haja novos quebra-quebras, o plantão do Tribunal de Justiça determinou nesta madrugada que os supostos líderes do movimento não se envolvam na organização da greve.
Embora a Polícia Militar (PM) tenha reforçado o policiamento nas ruas e nas portas das empresas rodoviária, é pequena a quantidade de ônibus circulando nas ruas do Rio nesta terça-feira (13), especialmente nas zonas oeste e norte.
De acordo com a decisão da juíza Andréia Florêncio Berto, quatro integrantes da comissão de greve (Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano) estão proibidos de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)".
A maior aglomeração de passageiros está sendo registrada nos pontos de rua e terminais rodoviários dos subúrbios. As pessoas não estão conseguindo condução para chegar ao trabalho no centro e na zona sul. O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, afirmou no início da manhã, que apenas 10% da frota dos ônibus foi para as ruas.
Depredações
A Rio Ônibus (sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro) informou que já havia pelo menos dez depredados na zona oeste carioca, por pessoas que integram piquetes que se formaram nas imediações das empresas desde a madrugada.
Os ônibus atacados são da Viação Jabour, que atua principalmente na zona oeste. A garagem da Jabour fica no subúrbio de Senador Vasconcelos. Os veículos estão sendo atacados quando deixam a sede rumo aos pontos de passageiros.
Em nota, o Rio Ônibus anunciou que pedirá ainda nesta manhã ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que considere "ilegal e abusivo o movimento grevista convocado por um grupo de rodoviários que anunciou a paralisação do serviço de ônibus, nesta terça e quarta-feira, na cidade do Rio".
"A entidade esclarece ainda que está em vigência um acordo firmado com o sindicato da categoria que assegura o reajuste salarial de 10% e o aumento de 40% da cesta básica, retroativos ao dia 1º de abril, que já estão sendo pagos agora no mês de maio", informa a entidade no comunicado.