Pelo menos 70 ônibus foram depredados e quatro pessoas detidas desde o início da greve de 48 horas dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio, à meia noite desta terça-feira, 13. De acordo com o chefe executivo do Centro de Operações do Rio, Pedro Junqueira, a quantidade de ônibus circulando na cidade tem aumentado aos poucos.
No início da manhã, apenas 10% da frota convencional circulava, e 20% do BRT fazia o trajeto Santa Cruz-Alvorada (na Barra da Tijuca). Por volta das 10h, havia 17% da frota convencional nas ruas e 40% dos veículos que compõem o BRT.
Com o anúncio da greve, trens, barcas e metrô aumentaram a oferta de lugares para atender a demanda de passageiros. O plano de contingência e o reforço do policiamento devem ser mantidos até a meia noite de quinta-feira, 14, quando a greve deve terminar.
Apesar do reforço policiamento nas ruas da cidade, a quantidade de veículo depredados aumentou (de dez para 70) e quatro pessoas detidas por tentarem impedir que motoristas dissidentes trabalhassem. Na semana passada, 467 foram depredados e nove pessoas foram detidas.
"O número de depredações desta vez é menor pela presença da polícia nas ruas e pela mudança de comportamento dos grevistas". Nessa segunda-feira, 12, a juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Andréia Florêncio Berto, determinou que os quatro integrantes da comissão de greve (Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano) estão proibidos de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)".
"Os rodoviários podem voltar ao trabalho e há uma decisão da Justiça de que os lideres não possam fazer greve", afirmou o presidente da Rio Ônibus, Lélis Teixeira.
Junqueira também garantiu que há equipes de fiscalização nas ruas. Na zona oeste, motoristas de transporte complementar cobravam R$ 10, R$ 7 a mais do que a tarifa normal.