"Na última assembleia, quando foi decidida essa paralisação de 48 horas, já foi marcado a próxima reunião para quinta-feira. Não temos como agora reunirmos toda a categoria para colocar 70% dos profissionais na rua", disse o motorista Hélio Alfredo Teodoro. Mas ele garante que todos os motoristas e cobradores vão voltar ao trabalho a partir da 0h de quinta-feira.
Além dele, participaram da entrevista coletiva realizada na sede da CSP-Conlutas, no centro do Rio, advogados da central sindical e outros dois porta-vozes do movimento grevista, o motorista Luiz Fernando Mariano e a cobradora Maura Lucia Gonçalves. Segundo eles, essa paralisação ocorreu porque na última segunda-feira o sindicato das empresas de ônibus do Rio (Rioônibus) se recusou a negociar a pauta de reivindicações dos grevistas durante reunião de conciliação ocorrida na Justiça do Trabalho.
Os grevistas, que formam uma dissidência do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano), exigem o fim da dupla função de motorista e cobrador, além de reajuste salarial de 40% e cesta básica de R$ 400. O Sintraturb havia assinado acordo com o Rioônibus que garantiu aumento de 10% e cesta básica de R$ 140.
"Esperamos que venham negociar. Estamos abertos a propostas, nossa principal luta é pelo fim da dupla função, porque isso coloca em risco as vidas dos rodoviários e da população", disse Maura Gonçalves.