Além dos anseios de categorias específicas — como os servidores do Judiciário em greve em Manaus —, pesam contra a gestão Dilma Rousseff o índice pífio de conclusão, até agora, de 41% dos projetos prometidos em 2010, como preparativos para a Copa que se tornariam legado para o país, nas áreas de mobilidade, segurança, telecomunicação e estádios. Canteiros de obra ainda em andamento, aeroportos em reformas, estádios inacabados, a 29 dias do Mundial, insuflam os movimentos sociais que adotam postura crítica em relação ao evento.
Além do Rio, de São Paulo e de Manaus, houve protestos em Belo Horizonte, no Recife, em Fortaleza, em Salvador e em Curitiba ontem. Um dos principais destinos dos turistas que virão ao Brasil para o campeonato de futebol, o Rio teve um dia caótico ontem, reforçando o temor da comunidade internacional de que problemas afetem a viagem de milhares de estrangeiros. Segundo o último levantamento da Rio Ônibus, que reúne as concessionárias de transporte, 158 veículos foram atacados e 12 pessoas acabaram presas. O sindicato estimou que apenas 18% dos 8,8 mil coletivos circularam. Mas decisão do Tribunal Regional do Trabalho determinou que o serviço seja mantido com pelo menos 70% do efetivo de rodoviários do município. Além disso, ficou estabelecida multa diária de R$ 50 mil contra o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio) em caso de descumprimento..