Em cima de um carro de som, acompanhados por cerca mil profissionais - estimativa deles próprios, grevistas se revezam ao microfone, expondo a situação do policial militar e criticando o governo do ex-governador Eduardo Campos.
Segundo Maurino, o Pacto pela Vida oprimiu soldados e policiais, sobretudo na questão salarial. "Os policiais devem trabalhar 40 horas semanais, mas trabalham 48 e não recebem hora extra", reforçou a soldado Aênia Feitosa Barbosa. Os grevistas ignoram a decretação da ilegalidade da greve pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), mantêm a paralisação e querem reabertura de negociações. A expectativa de Maurino é que os grevistas possam novamente sentar à mesa com o governo com a chegada ao Estado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. "O governador não quis nos receber hoje", reclamou ele, ao rebater que a greve não é ilegal porque ela foi anunciada há mais de 15 dias.
De acordo com o governo estadual, no momento em que a greve foi decretada ilegal as negociações foram suspensas. A passeata dos grevistas saiu da Praça do Derby por volta do meio dia em direção ao Palácio do Campo das Princesas, via Avenida Conde da Boa Vista.