As negociações entre os policiais e bombeiros militares de Pernambuco em greve e o Estado foram acompanhadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Inicialmente composta por 18 itens, a pauta de negociação começou a ser enxugada e acabou com quatro pontos considerados "essenciais" pela categoria. Todos eles foram alvo de debates com o executivo: incorporação de gratificação por risco de morte ao salário base, beneficiando ativos e inativos; construção de um plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira - com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados estaduais as promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado.
Um das principais lideranças da mobilização, o soldado Joel Maurino, comemorou o fechamento do acordo. "Conseguimos avançar bastante. Com a incorporação da gratificação, por exemplo, quando formos discutir reajuste salarial, em janeiro de 2015, o porcentual que for concedido será calculado em cima de R$ 2,8 mil e não de R$ 1,9 mil como estavam querendo o governo anteriormente”, destacou. A categoria conseguiu também a promessa do governo de que novo aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral.