Considerada pelo governo federal como um dia de testes da segurança na Copa do Mundo e de termômetro para medir os ânimos dos manifestantes, a quinta-feira foi marcada por protestos de categorias trabalhistas em várias cidades do país e pela violência em ato contra o Mundial em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A situação em Pernambuco deve se repetir em outras unidades da Federação, o que já acende o sinal de alerta no governo. Entidades que representam policiais civis, federais, rodoviários federais e militares prometem uma paralisação, em todo o país, na próxima quarta-feira. De acordo com a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, o objetivo é “cobrar do Executivo federal uma política nacional de segurança pública voltada para defender os cidadãos e melhorar as condições de trabalho da força policial”. Outras cinco entidades participam da organização do movimento. Em Brasília, o plano é fazer uma passeata na Esplanada.
Em Pernambuco, foram dois dias de paralisação. Embora a Força Nacional de Segurança tenha sido acionada para tentar amenizar a greve dos PMs, ontem, moradores viveram um dia caótico.
Parte dos servidores públicos e estudantes foi dispensada dos trabalhos e das aulas. No fim da tarde, as ruas da capital lembravam feriados e fins de semana, com trânsito livre e poucos pedestres. Moradores relataram também saques nas rodovias federais. Na BR-101, no trecho que passa por Recife, segundo a Polícia Rodoviária Federal, um sofá em chamas foi colocado na pista para obrigar os motoristas a reduzirem a velocidade, o que facilitou a ação dos criminosos. As ações ganharam destaque na imprensa internacional.
Com informações do Diário de Pernambuco
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