A final do campeonato local, disputada hoje entre os times Brasília e Luziânia, servirá de teste dessas tecnologias. Dos seis ônibus especialmente equipados para ajudar a polícia a planejar as ações, quatro são comandos móveis. Um ônibus é dedicado ao comando-geral, onde as autoridades ficam reunidas e outro será usado para negociações e gerenciamento de crises.
As imagens obtidas por cerca de mil câmeras espalhadas pelas cidades do DF podem ser acessadas nesses centros de comando. Além disso, há um caminhão plataforma com seis câmeras de observação elevada, que ficará estacionado na Torre de TV de Brasília, local estratégico para observar a movimentação de chegada ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde sete jogos da Copa serão disputados. O Corpo de Bombeiros tem um caminhão similar, que ficará estacionado próximo à Fifa Fan Fest, no Taguapark, na cidade de Taguatinga.
Nos dias de jogos, 540 das mais de 3 mil viaturas estarão na área central do DF. “A frota conta, ainda, com quatro helicópteros que, em no máximo 20 minutos, chegam a qualquer ponto do DF”, disse o diretor de Logística e Finanças da PM, coronel Alexandre Antônio.
Celulares e tablets poderão ser usados por policiais militares para enviar imagens, em tempo real, de qualquer parte do DF, aos centros de comando.
“Foram investidos R$ 25 milhões na rede corporativa que abrange instalações de torres e transmissão de dados. No terceiro trimestre, faremos licitação para a rádio comunicação”, informou o diretor de Logistica e Finanças da PM, coronel Alexandre Antônio.
Dessa forma, a PM busca tranquilizar torcedores como o servidor público federal Euflávio Conforte, de 37 anos. Pela manhã, ele foi ao Centro de Convenções Ulisses Guimarães retirar os quatro ingressos que comprou para o jogo entre Brasil e Camarões. “Investi muito dinheiro nesses ingressos. Espero que o jogo seja bom e que não haja confusão por causa de manifestações. Essa é a nossa grande preocupação”, disse ele à Agência Brasil.
Preocupação similar tem o jornalista João Carlos Pedreira, 23. Ele gastou R$ 4,6 mil para comprar 18 ingressos de seis jogos. “Acho os protestos até válidos porque fazem parte da democracia. Mas eles não podem invadir a minha liberdade. Até porque tenho um pai que, devido a um problema no joelho, tem dificuldades para locomoção. Não quero que ele corra risco. Quero que ele curta o show da seleção brasileira”. Como não havia filas, tanto João Carlos como Euflávio gastaram menos de cinco minutos para pegar os ingressos..