"Muito provavelmente será necessário renovar (o programa) mais uma vez", declarou Chioro. Em 2013, quando o programa foi criado o governo insistiu que se tratava de uma medida de urgência e que tinha como objetivo suprir um déficit de médicos em diferentes regiões do País. Agora, o governo não descarta que o projeto seja renovado. Se ele for estendido por mais três anos a partir de 2016, o projeto terminaria apenas em 2019. Mas o governo garante que estudará a situação de cada região caso a caso.
No total, 14,1 mil médicos passaram a fazer parte do programa, com uma presença importante de profissionais cubanos. O programa envolve 1,4 mil médicos brasileiros, além de outros 1,2 mil médicos brasileiros que estudavam ou atuavam no exterior e voltaram ao Brasil para o projeto. O restante foi preenchido por mais de 10 mil cubanos.
O ministro aponta que cada uma das cidades atendidas será avaliada antes de uma eventual renovação e uma das esperanças é de que as vagas hoje preenchidas pelo Mais Médicos comece a ser ocupada por brasileiros que decidam permanecer nos municípios. Segundo ele, só entre 2013 e 2014, mais de mil brasileiros acabaram ficando nesses locais. Chioro promete publicar nas próximas semanas resultados que apontam o impacto positivo da presença dos médicos. "As primeiras avaliações são fantásticas", disse. "Consolidamos o programa. Tínhamos 13,3 mil médicos e identificamos mais 180 cidades muito vulneráveis que não haviam aderido ao programa. A presidente Dilma Rousseff nos autorizou a fazer um quinto e último ciclo e 111 cidades aceitaram o projeto. Hoje, temos 14,1 mil médicos e atendemos 100% da demanda dos municípios", comemorou.
Plano
O ministro garante que, enquanto o plano emergencial é colocado em prática, as ações do governo não se limitam a importar médicos. Mas alerta que a formação de novos médicos pode levar de seis a nove anos.
Perfil
O Ministério da Saúde também quer uma mudança no perfil dos médicos formados no Brasil. A grande curricular das faculdades mudou para colocar 30% da grade curricular de Medicina voltada à formação em atendimento básico. Para a residência, será necessário um ou dois anos de saúde familiar como precondição para que o aluno possa ir para sua especialidade..