Ele já havia caminhado 2 quilômetros quando a reportagem o encontrou - apoiado a uma grade de um edifício comercial da avenida para descansar. Estou andando desde a Estação Hebraica-Rebouças (de trem) para ver se consigo pegar um ônibus na Teodoro (Sampaio). Não tenho alguns movimentos das pernas, disse Silva.
Morador de Parelheiros, na zona sul da cidade, ele saiu às 7 horas de casa, pegou um ônibus até o Terminal Varginha e um trem até a Estação Hebraica-Rebouças. Tudo isso para garantir a consulta e raio X da coluna, que tem pinos há 14 anos, desde que ele sofreu um acidente de trabalho.
Enquanto a reportagem entrevistava Silva, dois executivos que trabalham na avenida ouviram a história dele e o ajudaram com o dinheiro para o táxi. Emocionado, ele agradeceu a ajuda e seguiu para a consulta. Eles fazem essa greve de surpresa e acabam prejudicando a gente, lamentou.
Retorno.
Após ser atendido no hospital, a luta pelo transporte continuou. O aposentado conseguiu pegar uma van até o Largo da Batata, por volta das 15h30, e andou mais 2 quilômetros para voltar à Estação Hebraica-Rebouças.