A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (23) a Operação Águas Profunas, em sete estados, para combater o tráfico internacional de drogas e lavagem do dinheiro. A investigação começou em 2012 e identificou uma organização que fazia remessas de cocaína, camuflada em operações de exportação, para países europeus, como Holanda e Bélgica. A droga era enviada ao exterior pelos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Belém (PA), além do aeroporto de Guarulhos (SP).
A operação, em parceria com a Polícia Federal, descobriu que, para trazer o dinheiro de volta ao Brasil, a quadrilha investia em imóveis, empresas do agronegócio e no setor hoteleiro. De acordo com a Receita, os resultados operacionais dos empreendimentos eram deficitários, o que indica uma tentativa de disfarçar a origem ilícita do dinheiro. Uma grande propriedade rural da organização, por exemplo, foi avaliada em R$ 35 milhões.
A Justiça expediu dez mandados de prisão - três em outros países, 28 mandados de condução coercitiva e 47 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos em Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, no Pará e no Paraná.