Segundo a direção do sindicato, não há greve, mas uma manifestação de "grupos minoritários" de trabalhadores, que impedem a saída dos coletivos das garagens desde a madrugada. Policiais do Batalhão de Choque da PM foram deslocados para a porta de algumas empresas, para evitar conflitos entre os grupos que impedem a saída dos ônibus e os que querem trabalhar. Na tarde de ontem, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que, caso a paralisação ocorresse, 70% da frota deveria circular nos horários de pico e 50% no restante do dia, sob pena de multa, para o sindicato, de R$ 100 mil por dia.
O impasse entre o sindicato e os grupos dissidentes teve início na tarde de ontem, após a reunião entre os dirigentes do Sintroba e representantes das empresas. Eles fecharam um acordo de 9% de reajuste salarial, aumento de 9% nos vales-alimentação e redução da jornada de trabalho de 8 para 7 horas. A reivindicação do sindicato era reajuste de 15% nos vencimentos, de 63,5% nos vales e redução da jornada para 6 horas diárias.
Uma assembleia foi realizada em seguida, na sede do sindicato, com a participação de cerca de 200 trabalhadores, aprovando o acordo. Enquanto isso, outros cerca de mil trabalhadores aguardavam uma reunião com a direção em outro local, mais amplo, para realizar a assembleia. Esse grupo alegou não ter sido ouvido e decidiu manter a paralisação, que havia sido marcada na última quinta-feira para a 0 hora de hoje.
Já no fim da tarde de ontem, os ônibus começaram a ser parados nas estações ou recolhidos para as garagens.
A prefeitura informou ter disponibilizado 300 micro-ônibus para tentar reduzir o impacto da paralisação do sistema. O número de veículos, porém, é pequeno - corresponde a cerca de 10% do total de ônibus que circula na cidade..