"Nós já economizamos a retirada do Cantareira em 9 mil litros por segundo.
Ele participou nesta quarta-feira de uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo convocada pela Comissão de Política Urbana, já que a Sabesp tem há quase quatro anos contrato com a Prefeitura de São Paulo para operar o serviço de água e esgoto na capital. Segundo Massato, a crise é decorrência de um fenômeno global que atingiu outros países, como Austrália, Chile e Estados Unidos - além da região Sudeste do Brasil.
"Caso esse fenômeno continue, não tenho dúvida de que a crise será muito mais séria. Não tenho dúvida de que nós não teremos produção agrícola e energia elétrica no próximo ano", disse Massato. "Eu diria que se acontecer esse cenário nós não teremos nem energia para tratar e elevar essa água. A energia vai acabar antes da água, se esse cenário persistir", completou.
Os vereadores haviam convidado a presidente da Sabesp, Dilma Pena, para explicar a redução da pressão da água na rede de distribuição da empresa no período noturno.
Para o vereador José Police Neto (PSD), a Sabesp deveria dar mais transparência de suas ações à população, já que medidas como a redução de pressão e a reversão de água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para bairros da capital antes atendidos pelo Cantareira tem causado corte no fornecimento de água.
"A questão não é o quanto tem se debatido, o quanto tem se estudado e o quanto não se quer restringir o consumo por medida de força. Mas a informação. É princípio básico prestar informação ao cidadão. No caso aqui, não é nem princípio, é cláusula contratual que pode ter sido violada. Aí, erra a Sabesp ao não informar e erra o município ao não fiscalizar o que é essencial", disse Police Neto..