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Estado de Minas

Empresas dizem que 15 ônibus foram depredados no Rio


postado em 28/05/2014 21:07

Rio, 28 - A paralisação de 24 horas promovida nesta quarta-feira, 28, no Rio por motoristas e cobradores de ônibus teve 15 ônibus depredados até o início da noite de hoje, disseram os donos das empresas.

A greve teve pouca adesão e não gerou grande transtorno à população. Segundo o sindicato patronal, 10% da frota não circulou. Os líderes grevistas estimam que a adesão chegou a 60%.

A adesão à paralisação de hoje foi menor do que às greves anteriores (em 8, 13 e 14 de maio) por conta de ameaças de demissão e até de agressão, além da contratação de motoristas substitutos, segundo a cobradora Maura Gonçalves, uma das líderes da greve. Ela afirmou que as empresas de ônibus ofereceram até R$ 200 para que outros funcionários, como mecânicos, assumissem o posto dos motoristas grevistas. "Os motoristas foram ameaçados: nas garagens disseram que quem não trabalhasse seria demitido por justa causa."

Segundo Maura, o sindicato patronal não apresentou contraproposta às reivindicações dos grevistas, que pedem reajuste salarial de 40% e cesta básica de R$ 400, entre outras melhorias. O sindicato da categoria aceitou proposta de 10% de reajuste e cesta básica de R$ 140, mas os dissidentes não concordam.

Nesta sexta-feira, 30, os dissidentes farão nova assembleia para decidir se farão nova paralisação na próxima semana.

O sindicato patronal vai pedir ao Tribunal Regional do Trabalho que considere o movimento abusivo "já que mais uma vez não foram respeitados os princípios e requisitos da lei de greve, como o aviso de paralisação com 72 horas de antecedência".

Segundo os dissidentes, a zona oeste foi a área da cidade mais prejudicada, mas a reportagem esteve na região e constatou que o serviço estava praticamente normalizado. Durante todo o dia, policiais militares permaneceram nas portas das garagens para evitar atos de vandalismo.

A greve também afetou o Metrô na Superfície, serviço de ônibus que liga as estações de Botafogo e General Osório (Ipanema) à Gávea, porque os motoristas não trabalharam. Passageiros reclamaram que tiveram que pagar duas passagens, a do bilhete do metrô e do ônibus convencional.


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