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Estado de Minas

Dilma quer pente-fino em cidades sedes para evitar problemas com protestos

Confronto da última terça-feira entre PMs e índios acende o sinal de alerta no Planalto, que promoverá encontros com os secretários de segurança das capitais com jogos do Mundial. Especialistas apontam gargalos na preparação


postado em 29/05/2014 07:38

Em mais um dia de protestos na Esplanada, quilombolas ocuparam a Praça dos Três Poderes para cobrar agilidade do governo na demarcação de terras(foto: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)
Em mais um dia de protestos na Esplanada, quilombolas ocuparam a Praça dos Três Poderes para cobrar agilidade do governo na demarcação de terras (foto: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)

Após a manifestação que parou o trânsito no Eixo Monumental na última terça-feira, terminou com um confronto entre policiais e índios e suspendeu a exibição da taça de campeão da Copa do Mundo para a população, a presidente Dilma Rousseff ordenou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fosse, pessoalmente, conversar com os secretários de segurança pública das 12 cidades sedes para fazer um pente-fino nos preparativos de cada uma delas.

Além disso, ficou acertado que, para evitar problemas no desembarque das delegações, as seleções e as autoridades estrangeiras chegarão às respectivas bases aéreas de cada estado e deixarão o local em rotas alternativas. A determinação presidencial estendeu-se também aos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, responsáveis pela interlocução com os estados para evitar baderna durante o Mundial.

Na quarta-feira, depois de um dia de flechas e bombas na Esplanada, o governo não foi poupado de novos protestos. Um grupo de 100 quilombolas se manifestou em frente ao Palácio do Planalto, pela manhã. Eles pediram por agilidade na demarcação de terras. O ato ocorreu no momento em que a presidente Dilma Rousseff anunciava novas regras para o comércio de diesel.

Segundo o articulador geral do Movimento Quilombola do Maranhão, Gil Quilombola, as comunidades de nove estados estão reunidas em Brasília para pedir o título das terras que ocupam. Ele alega que o período médio para a liberação dos documentos varia muito e, em alguns casos, como em Bacuri, no Maranhão, já leva mais de 19 anos. “Queremos chamar a atenção das pessoas para a nossa causa”, disse.


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