O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, em visita ao Senado, disse nessa quarta-feira que a União tem a responsabilidade de garantir a segurança durante a Copa do Mundo e vai atuar para pedir inclusive a indenização, no caso de setores envolvidos no policiamento insistirem em promover manifestações. “A greve ilegal não pode acontecer”, afirmou. Segundo ele, a União vai intervir quando ocorrerem problemas envolvendo Polícia Federal e polícias Militar e Civil dos estados. “A questão de segurança é da União. O país tem a responsabilidade de prover a segurança. Quem praticar essa ilegalidade deverá ser coibido pelo Judiciário e deverá ser responsabilizado financeiramente. É um dos compromissos que o Brasil assumiu com a Fifa, para garantir a segurança do evento”, disse Adams.
O ministro afirmou que greve é um direito, mas ressaltou que há limites. “Vamos fazer – como fizemos em Pernambuco.
No Rio de Janeiro, o Rio Ônibus, sindicato das empresas de transporte público, informou, por meio de nota, que vai entrar com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) para que o movimento grevista, convocado por um pequeno grupo dissidente de rodoviários, seja considerado abusivo, já que mais uma vez não foram respeitados os princípios e requisitos da lei de greve, como o aviso de paralisação com 72 horas de antecedência.
Ainda conforme a nota, o Rio Ônibus lembra que está em vigor um acordo de reajuste salarial de 10% e de 40% da cesta básica, retroativos a 1º de abril, que já foram pagos neste mês. O TRT já reconheceu, em decisão recente, que o único representante legal da categoria é o Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sintraturb). O índice de aumento concedido é o maior negociado este ano com rodoviários em todo o país.
Em São Luís (MA), no sétimo dia de greve, os rodoviários mantiveram 100% da frota nas garagens das 25 empresas de transporte urbano. Uma rodada de negociações entre patrões e empregados, terminou na noite de terça-feira sem acordo. Já em Salvador (BA), a greve da categoria chegou ao fim depois de três dias de paralisação. Segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores aceitaram voltar ao trabalho depois que um aumento no valor dos vales-refeição foi autorizado – dos R$ 12 propostos inicialmente pelos empresários do setor, para R$ 14.
Na capital catarinense, Florianópolis, motoristas e cobradores fizeram uma paralisação de 24 horas porque querem impedir a demissão de 300 cobradores com a implantação da catraca eletrônica.
VIGILANTES A audiência pública entre empregados em empresas de vigilância privada do Rio, em greve desde 24 de abril, e representantes patronais realizada na quarta-feira no TRT terminou sem acordo. Com isso, o movimento, que atinge a capital e outros seis municípios, continua. O atendimento bancário está prejudicado, com agências fechadas ou operando sem o recebimento de dinheiro.
Em São Paulo, as principais entidades de classe que representam os policiais militares anunciaram para o dia 4 uma manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. Estão sendo convocados policiais aposentados, pensionistas e familiares de PMs de todo o estado. O principal motivo do protesto é o encerramento das negociações por parte do governo para uma reposição salarial. Eles ameaçam entrar em greve, como a que ocorreu em 1988..