São Paulo, 30 - Sob gritos de "não tem arrego" e após 37 dias de paralisação, os professores da rede municipal de São Paulo decidiram manter a greve da categoria por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em assembleia realizada por volta das 17h40 desta sexta-feira, 30, em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, centro da capital. Cerca de 5 mil pessoas acompanharam o ato.
Os profissionais rejeitaram a proposta apresentada à pela gestão Fernando Haddad (PT) de estender o abono de 15,86%, inicialmente previsto apenas a quem ganha o piso, para toda a categoria até o final de 2017. "Não define quanto vamos receber em 2015 ou em 2016. O governo pode acabar e deixar tudo para 2017 sem assumir nenhum compromisso com a categoria", discursou Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).
"Nós aceitamos receber o pagamento da incorporação do bônus a partir de outubro de 2015. Mesmo assim, eles não aceitaram. A categoria não pode sair humilhada desse jeito de uma greve", disse Fonseca. A manutenção da paralisação foi apoiada pelos participantes do protesto.
Em seguida, o sindicato pediu mobilização total dos docentes, inclusive dos diretores de escolas, para votação do projeto que prevê o bônus, na Câmara Municipal, na próxima sexta-feira. Se não houver ajuste na proposta a ser votada pelos vereadores, os docentes ameaçam fechar a Marginal do Pinheiros. Alguns professores continuarão acampados em frente à Prefeitura, em 30 barracas, em protesto..