Na simulação, um artefato radiológico explodia em um vagão do metrô em movimento. Na plataforma da estação, sem máscaras ou luvas, agentes da concessionária chegaram após três minutos para ajudar nos primeiros socorros às vítimas. Dez minutos depois da explosão, chegou uma equipe de reforço, com luvas, porém sem máscaras de gás, que fez a primeira análise do nível de contaminação dos passageiros.
Os bombeiros chegaram depois de 16 minutos da explosão usando máscaras, luvas e uniforme adequado para a simulação. Ainda na plataforma, eles fizeram uma triagem visual considerando os ferimentos e uma análise preliminar do nível de contaminação das vítimas, por meio de pulseiras verdes (para casos menos graves), amarelas e vermelhas (para casos mais graves). Dependendo das condições físicas, algumas vítimas caminharam e outras foram transportadas em macas.
Durante o resgate das vítimas, uma equipe de militares monitorou e identificou o agente nocivo (que, em uma situação real, pode ser químico, biológico, radiológico ou nuclear). No Rio, entre 300 e 400 militares estão aptos a atuar em acidentes idênticos aos da simulação.
Perto da plataforma, foram montadas duas barracas para descontaminação primária de emergência (do Corpo de Bombeiros) e o posto de descontaminação total (do Exército), para atender as vítimas, verificar o estado de saúde e encaminhá-las para os hospitais da região, caso necessário. Nas duas barracas , os socorristas usavam uniformes impermeáveis, máscaras de gás, luvas e botas para evitar contaminação.
Copa
Responsável pela Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Exército, o tenente-coronel Paulo Cabral considerou a ação "um sucesso", mesmo com a possibilidade de contaminação dos agentes do metrô, que não usaram máscaras na simulação. "Fazemos uma análise de risco de todos os locais onde possam acontecer eventos desse tipo. Já temos os locais previamente determinados para que essa estrutura seja montada".
Durante a Copa, será montado um gabinete de crise para definir as ações que serão seguidas para socorro das vítimas, do qual participarão o comandante da 1ª Divisão de Exército, general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, responsável pela defesa no Rio; além de um representante da secretaria estadual de Segurança e da Defesa Civil estadual do Rio, da Prefeitura e da Polícia Federal.
As infraestruturas de atendimento (que incluem as barracas de descontaminação) estarão posicionada em locais estratégicos, próximos ao Maracanã (o tempo de deslocamento até o estádio será de 5 a 10 minutos) "em quantidade necessária para garantir a segurança e a integridade e descontaminar as pessoas", explicou o major Marco Ferreira, porta-voz do Exército.
Serão necessários entre 40 minutos e uma hora para a montagem do equipamento completo - neste período as vítimas receberão os primeiros socorros. "Vamos oferecer um serviço de segurança adequado para que o público chegue aos jogos sem problemas", disse o major Ferreira..