Para o engenheiro especializado em Trânsito e Transportes Alexandre Zum Winkel, a maioria dos ônibus não foi beneficiada pelas faixas exclusivas. "Em alguns trechos onde fizeram as faixas, houve um grande ganho. Mas, em outros, a velocidade dos ônibus caiu porque o trânsito piorou e lá esses veículos sofrem tanto quanto carros na lentidão."
O reflexo do trânsito é sentido por motoristas de carros. O publicitário Herber Lima, de 33 anos, por exemplo, diz que as faixas exclusivas foram instaladas a esmo na cidade. "A faixa é necessária, mas foi mal implementada. No centro, tem ônibus na faixa da esquerda e na faixa exclusiva da direita", afirma.
A proposta de Haddad era instalar 150 km de faixas exclusivas - hoje, a cidade já tem 333,1 km. Diante dos números, a SPTrans informa que há casos de faixas em que o desempenho dos ônibus ficou bem acima da média geral da cidade. Na Radial Leste, entre julho e o mês retrasado, a velocidade dos coletivos no sentido centro foi de 27,5 km/h. No rumo oposto, de 25,8 km/h. Na Marginal do Tietê, os ônibus trafegam a 28,9 km/h no sentido Rodovia Ayrton Senna, em uma faixa inaugurada em junho do ano passado. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..