Ao longo do 11º dia de greve dos motoristas e cobradores de ônibus de São Luís, representantes da prefeitura e do sindicato patronal tiveram uma série de reuniões na tentativa de apresentar uma resposta às reivindicações dos trabalhadores e pôr fim à paralisação. O secretário de Trânsito e Transportes do município, Canindé Barros, disse que pretende discutir até o fim deste domingo (1º) os detalhes da proposta feita aos empresários e, em caso de acordo, apresentá-la aos grevistas.
O secretário Canindé informou que o combate às fraudes seria uma medida gradual, a ser tomada nos próximos meses, a fim de reduzir o número de pessoas que usam inadequadamente a gratuidade e o passe escolar, índice que chega a 42% na capital maranhense. A retirada ou a participação do estado no pagamento do ICMS ainda é objeto de discussão pela prefeitura, que não havia concluído suas reuniões com os empresários até o fechamento desta reportagem.
Já os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 11%, 40% de reajuste do tíquete-alimentação, inclusão de mais um dependente no plano de saúde, implantação do plano odontológico e seguro de vida. Isaías Castelo Branco disse que, como está aberta à negociação, a categoria chegou a negociar na última sexta-feira (30) um reajuste menor, de 7,8% no salário e de cerca de 18% no tíquete, proposta negada pelos empresários.
Na segunda-feira os diretores do Sindicato dos Rodoviários vão se reunir com a equipe jurídica da entidade para avaliar a situação e ver se há alguma resposta. Caso não haja novidade, pretendem manter o movimento, mesma posição aprovada pelos trabalhadores em assembleia na última quinta-feira.
A Agência Brasil tentou contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís ao longo do dia, porém sem sucesso.