A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira, 02, pelo comitê anticrise que monitora o Cantareira.
Pelas contas da Sabesp, se isso acontecer, faltarão 51 bilhões de litros para garantir o abastecimento da Grande São Paulo até 30 de novembro sem a necessidade de adotar racionamento de água generalizado. Há informações de que a companhia já pediu aos órgãos gestores, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), autorização para retirar mais 100 bilhões de litros do "volume morto", que nunca havia sido usado pela Sabesp antes da crise atual - oficialmente, a empresa não confirma a informação.
O presidente da ANA, Vicente Andreu, já se manifestou contrário ao pleito da Sabesp, que comprometeria 70% dos 400 bilhões de litros da reserva profunda. "Nós entendemos que é preciso trabalhar com uma segurança hídrica em função do volume de água afluente. Se chove mais, libera mais. Se chove menos, libera menos", disse.
A precaução deve-se ao fato de que a situação do Cantareira está pior do que o previsto no cenário mais pessimista da Sabesp. Em maio, por exemplo, a vazão afluente ao manancial foi equivalente a apenas 39% da mínima história deste mês, registrada em 2000.
Sabesp
Em nota, a Sabesp informou que "mantém as projeções iniciais" e diz que o comitê anticrise "obrigou a companhia a apresentar projeções muito mais pessimistas". "Mas esta não é a posição da Sabesp", afirma. "É importante anotar que não há qualquer decisão dos reguladores, ANA e DAEE. Trata-se de mera recomendação do GTAG (comitê anticrise)." As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..