O não pagamento do salário do mês de março e a diferença de remuneração entre cubanos e demais profissionais do Mais Médicos foram os motivos que levaram Raul Vargas, de 51 anos, e Okanis Diaz Borrego, de 29, a abandonarem o programa federal e pedirem refúgio ao Brasil. Com o auxílio da Associação Médica Brasileira (AMB), os dois cubanos deixaram a cidade de Senador José Porfirio, no Pará, onde trabalhavam desde dezembro, procuraram a Polícia Federal no Estado nesta segunda-feira, 2, e entraram com pedido de refúgio, que garante que eles não sejam deportados até que a solicitação seja julgada.
Os médicos também afirmaram que o pagamento de março não foi feito até hoje. "Tentamos falar com o coordenador do programa e ele não tinha respostas. Pelo que conversamos com os colegas, nenhum cubano participante do programa recebeu", disse Vargas.
Os cubanos foram trazidos a São Paulo pela AMB, que vai oferecer emprego em área administrativa e preparação para que os médicos possam fazer o exame Revalida. Caso sejam aprovados, eles poderão trabalhar como médicos no País.