Os últimos confrontos entre manifestantes e forças de segurança de Brasília fizeram a Polícia Militar investir pesado em equipamentos de prevenção e contenção de tumultos. Acostumada a reprimir protestos com gás de pimenta, bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha, a mais eficiente arma da tropa para as próximas mobilizações de massa será a tecnologia.
A principal aquisição da corporação é a Plataforma de Observação Elevada (POE). Trata-se de um caminhão equipado com 12 câmeras acopladas em uma torre de 15m. Os equipamentos são capazes de captar imagens em todas as direções, em um raio de 4km. Em dia de protesto, o veículo doado pelo Ministério da Justiça ficará posicionado próximo à Torre de TV. Ele ainda servirá como base da rede wi-fi da PM. A novidade é que, por meio de um aplicativo instalado nos telefones celulares, praças e oficiais terão condições de fazer vídeos dos conflitos. As gravações poderão ser acompanhadas pelo comando em tempo real.
Do Centro de Comando e Controle da PM, situado no Comando-Geral, no Setor Policial Sul, os PMs poderão orientar o trabalho a ser feito pela tropa na rua, como abordar suspeitos de roubos e prender vândalos %u2014 só a central custou R$ 20 milhões. Além do ponto fixo, um ônibus equipado com dezenas de monitores e computadores será deslocado, de acordo com a demanda.
Além de recorrer a robôs antibombas operados por computador, radares portáteis e aparelhos de raios X, a PM não deixou de investir na compra das tradicionais armas usadas durante os confrontos. O chamado kit antitumulto inclui dois blindados Centurion, usados para o transporte da tropa de choque e equipados com reservatório e canhão para lançamento de jatos d%u2019água durante as intervenções.