Terminou sem acordo na tarde desta quarta-feira, 4, a audiência de conciliação entre o Metrô e seus funcionários.
O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, descartou a possibilidade de catraca livre, hipótese aventada pelos trabalhadores para evitar transtornos à população. "Não vemos nenhum sentido nisso, porque é um prejuízo para toda a população - até mesmo para os metroviários. O Metrô tem uma única fonte de receita: a venda dos bilhetes. A perda de receita é um contrassenso se estamos negociando melhores condições de salário", disse.
O próprio Pacheco, entretanto, admitiu que para a população a melhor saída seria a adoção da catraca livre. "Provavelmente, do ponto de vista da operação do dia a dia da cidade, a questão de você poder utilizar o metrô sempre é a melhor alternativa.
Ainda segundo Pacheco, o Metrô tem feito "um esforço muito grande" nos últimos dois anos de tocar a operação, com processo de racionalização de custos e economia interna. "Eu disse ontem (terça-feira) ao governador que com esse pacote de propostas (aos metroviários), o Metrô consegue cumprir e chegar até o fim do ano com a expectativa de uma questão tarifária para o ano que vem."
Mas o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, contesta. "O balanço social do Metrô é altamente positivo. O problema é que, se for verdade, o que o presidente do Metrô está falando, ele está assinando embaixo que o metrô tem que ser superlotado e ficar no sufoco permanente para as próximas décadas. O metrô de Nova York, o de Paris e o de Londres são subsidiados, não ficam só na tarifa.".