Jornal Estado de Minas

Situação do Sistema Cantareira ainda é dramática, diz presidente da ANA

De acordo com diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, há uma relação próxima, mas não igual, entre chuva e vazão

Agência Brasil
Mesmo com as chuvas que ocorreram no fim de semana no estado de São Paulo, a situação no Sistema Cantareira continua dramática, disse nesta quarta-feira (4/6) o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.
Segundo ele, há uma relação próxima – mas não igual – entre chuva e vazão, principalmente quando as precipitações não ocorrem nas cabeceiras dos rios que alimentam o sistema.

No dia 10 de junho, o direto da ANA vai se reunir com os secretários de Meio Ambiente de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais para definir os impactos que a ligação do afluente do Rio Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira pode causar nos três estados.

“Na minha opinião, há uma condição técnica para solução do problema que atenda à demanda do Rio, que é a segurança hídrica, e acho correto que haja a utilização dessa água para atender a demanda da região metropolitana de São Paulo. Há uma solução técnica para atender os dois estados.”

Andreu participou de audiência pública conjunta das comissões de Serviços de infraestrutura e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado para falar sobre as perspectivas de racionamento de água no Brasil.

Segundo Andreu, a origem e natureza da crise no Sistema Cantareira tem elementos básicos: a meteorologia; a estiagem anormal; a ausência de obras que deveriam ter sido executadas no passado, quando se fez a opção de aumentar o faturamento em detrimento da segurança hídrica; e a necessidade de uma qualificação na regulação dos recursos hídricos no Brasil, principalmente em situações de crise..