Marlucia e uma amiga tomaram o táxi no Guará, por volta das 4h40. Segundo a vítima, Wagner de Sousa Vieira, 39 anos, elas pediram para ir até a Asa Sul. No caminho, a amiga falou que não tinha dinheiro e pediu que a outra pagasse a corrida. A primeira desceu em um ponto na 905 Sul, e Marlucia seguiu até a 706 Sul.
O taxista mora em Valparaíso, e, pela distância do Plano Piloto — cerca de 40 quilômetros —, trabalha dia e noite em Brasília. Quando está muito cansado, dorme no veículo, entre uma corrida e outra. No dia do episódio com Marlucia, não foi diferente. Seria a última viagem para ele ir embora descansar. “A gente trabalha a noite inteira e vai com segurança deixar uma pessoa em casa, com todo o respeito. Aí, quando chega ao local, a passageira quer dar um calote. Ela precisa ser punida para respeitar as pessoas. Todo ser humano é descendente de negro. É preciso ter orgulho da raça”, defende. .