Os metroviários pedem um reajuste de 16%, mas até o momento o governo oferece 8,7%. “Iniciamos pedindo 35%, que é a inflação dos últimos 12 meses e os três anos de produtividade, calculado pelo Dieese, pelo aumento dos usuários do metrô”, explicou Fernandes. Ele destacou que a categoria reduziu a proposta para 16%, considerando apenas a produtividade de um ano, mas que ainda assim, não houve avanço na negociação.
A Linha 4 – Amarela, que liga bairros da zona oeste ao centro, é administrada pela Via Quatro, por meio do regime de concessão e por isso não houve paralisação. Os trens da Linha 5 – Lilás, que ligam bairros da zona sul, também circulam em todas as estações.
O secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes, declarou que a adesão chega a 98% da categoria e só não é completa, porque supervisores assumiram as atividades. “Quem votou na assembleia pela paralisação, está de braços cruzados”, apontou. Ele destacou que, até o momento, não houve tentativa de negociação por parte do governo estadual. “O que temos é uma audiência no TRT . Desde a semana passada, a empresa já provocou a Justiça. A categoria não quer negociar com a amarra do tribunal”, criticou.
O TRT determinou que o sistema de transporte opere 100% no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h). Ou seja, que garanta o funcionamento total no horário de maior movimento das linhas, e o funcionamento de 70% nos demais horários, sob risco de multa diária de R$ 100 mil. O sindicato informou que o cumprimento da decisão judicial vai ser debatido entre os trabalhadores em assembleia prevista para as 17h de hoje na sede do sindicato, no Tatuapé.
O fechamento de estações do metrô prejudicou o funcionamento da Linha 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na estação Corinthians – Itaquera, houve tumulto porque os passageiros que pegariam o trem foram impedidos de entrar. A CPTM informou que às 7h40 as portas foram abertas e a linha circula normalmente. A companhia estendeu a operação da Linha 7, que vai até a Barra Funda, na região central, até o Brás.
A São Paulo Transportes (SPTrans), empresa municipal responsável pela operação dos ônibus, reforçou a frota das linhas que operam com destino às estações de metrô. Além disso, criou três linhas especiais para atender os passageiros que pegariam a Linha 3 – Vermelha, na zona leste..