O presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin, sinalizou que a manutenção ou não da greve dos metroviários de São Paulo pode ser influenciada pela revogação das demissões anunciadas pelo governo do estado na manhã desta segunda-feira. "Evidentemente a nossa pauta de reivindicação é muito importante. Mas hoje, o sentimento da categoria é a reintegração imediata desses funcionários do metrô que o governo anunciou que estaria demitindo", afirmou.
O sindicalista ainda não tem dados de quantos foram demitidos ou quem são. "Nós pedimos uma lista (dos demitidos), se é que tem. Até agora estamos nos baseando no número falado à imprensa", disse Pasin. "Eles foram demitidos de maneira abusiva, ilegal, no nosso exercício de direito de greve. A penalidade da greve por abusividade é a multa, mas em hipótese alguma a demissão por qualquer forma", argumentou.
Questionado se deixaria os 12% de aumento reivindicados, Pasin recuou. "Ninguém vai ficar para trás. Nós vamos continuar as lutas, nossas reivindicações, ao longo do tempo. Mas a reintegração é chave". O Metrô anunciou nesta manhã que demitiu 61 metroviários que mantiveram a greve pelo quinto dia consecutivo.
Por volta das 13h30, 42 estações de um total de 65 estavam abertas. Operam a linha 1-Azul, entre Saúde e Luz, 2-Verde, entre Ana Rosa e Vila Madalena, e 3-Vermelha, entre Penha e Marechal Deodoro. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás estão funcionando normalmente.
Com informações da Agência Estado