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Estado de Minas

Invasão ameaça salários de professores e causa repúdio na UnB

Protesto contra a ocupação da Reitoria da UnB reúne cerca de 100 pessoas. Reitor chama estudantes de "fascistas". Por causa da falta de acesso ao edifício, salários de professores, terceirizados e bolsas podem atrasar


postado em 10/06/2014 07:32 / atualizado em 10/06/2014 07:44

A ocupação da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) feita por alunos mascarados ameaça atrasar os salários de funcionários da instituição. Como os servidores doa Reitoria não podem acessar o lugar para trabalhar, há risco de que o pagamento de professores, de terceirizados e de bolsas de assistência a estudantes não saia na data correta, geralmente até o 10º dia útil de cada mês. Na tarde de ontem, a água e a luz da Reitoria foram cortadas. Nesta terça-feira, às 12h, os estudantes realizam assembleia para decidir se vão permanecer no prédio. Também na segunda-feira, cerca de 100 pessoas — inclusive o reitor, Ivan Camargo, se reuniram para pedir a saída dos manifestantes.

As barricadas levantadas pelos estudantes nas rampas da Reitoria impediram o acesso ao terceiro piso do prédio. Os funcionários do edifício que se encarregam de processar o pagamento dos salários de professores e outros funcionários, como também das bolsas de assistência social e monitoria de muitos alunos, não puderam trabalhar.

“Se a situação não mudar, tanto docentes como estudantes poderão ter os pagamentos atrasados”, informou a decana de Assuntos Comunitários da UnB, Denise Bomtempo. Ivan Camargo confirma que os documentos precisam ser mandados ao Ministério do Planejamento até 13 de junho. Por meio de nota, a Associação de Docentes da UnB (ADUnB) registrou a preocupação com o fato. “Tendo em vista a falta de segurança no local, o DGP (Departamento de Gestão de Pessoas) está impedido de realizar suas atividades, dentre as quais rodar a folha de pagamento dos professores e técnicos administrativos. O não fechamento da folha, que deverá ser concluída até amanhã, pode inviabilizar o pagamento deste mês.”

Alunos que precisam realizar trâmites na Reitoria também foram prejudicados. Foi o caso da estudante de pós-graduação de biologia microbiana Giselle Soares, 32 anos. “Não tenho nada a ver com a ocupação, mas preciso solicitar meu diploma para poder me formar. E não tem ninguém para me atender”, conta.


Vídeo mostra momento da invasão


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