Rio, 11 - Ocorreu nesta quarta-feira, 11, na Justiça Militar do Rio mais uma audiência do processo em que dois policiais militares fluminenses são acusados de forjar um flagrante contra um ativista durante manifestação promovida em 30 de setembro de 2013 no centro do Rio. O major Fábio Pinto Gonçalves e o primeiro tenente Bruno César Andrade Ferreira teriam colocado um rojão na mochila do estudante Isac Galvão, de 15 anos, para incriminá-lo. Os dois PMs são acusados pelo crime de constrangimento ilegal.
Na audiência de ontem, Isac prestou depoimento e afirmou que o rojão não era dele. A ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho e convocada como testemunha de acusação aos policiais, também depôs ontem e repetiu que o adolescente não era dono do rojão. Ela afirmou ter avisado aos policiais que os rojões não pertenciam ao adolescente.
Os dois PMs já foram ouvidos pela juíza Ana Paula Barros em audiência promovida em 30 de abril. Eles negam o crime. Um vídeo feito por uma equipe de reportagem durante o protesto mostra o primeiro tenente jogando três morteiros aos pés de Isac, que caminhava com amigos pela rua São José, no centro. O major então deu voz de prisão a Isac, que foi algemado e levado à delegacia por outro PM, sob protestos de manifestantes.