Em uma grande fila, torcedores aguardam nas areias da praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, no início da tarde de hoje, para conseguirem entrar no espaço montado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), onde será transmitida as partidas da Copa do Mundo, chamado Fifa Fan Fest. O local tem 42 mil m² e comporta 20 mil pessoas.
O mineiro de Belo Horizonte, Gabriel Soares, 22 anos, chegou cedo para garantir um lugar. “Estou em Madureira [zona norte], então tive que sair cedo, pois não queria arriscar não entrar. Agora, só saio daqui amanhã”, 34567 brincou o estudante de engenharia. “Descansar só depois de voltar para Belo Horizonte, depois da Copa”, disse.
Durante 25 dias, torcedores poderão assistir aos 64 jogos e shows de música das 11h às 23h, segundo os organizadores do evento. Mais cedo, tocaram a Banda Marcial dos Fuzileiros Navais e a Escola de Samba São Clemente. Era fácil identificar os estrangeiros durante a batucada. O belga Lorrain Shultz, 32 anos, tentou sambar, mas desistiu rapidamente. “Vou precisar voltar mais vezes ao Brasil para aprender essa dança”, contou, que veio com mais de seis amigos para o Mundial e como não conseguiram ingressos para os jogos pretendem ver todas as partidas em Copacabana.
O argentino, Martín Esteves, 38 anos, posicionou-se estrategicamente bem próximo do telão de 150 m². “Estou torcendo para o Brasil. Quero que ele vá para a final com a Argentina”, disse o argentino, que já tem ingresso garantido para o jogo Argentina e Bósnia, no dia 15 de junho, no Maracanã.
Foram instalados 100 banheiros químicos. A fila era pequena nos seis bares instalados no local. Para o comerciante mexicano, Evelio Games, que já esteve em três Copas do Mundo, muitos não estão comprando porque os preços dos produtos estão salgados.
"Com certeza esta Copa no Rio está sendo a mais cara. Um copo pequeno de cerveja custa R$ 7, é demais", disse o comerciante, que está com mais de 15 amigos. "Mas a festa está linda, os brasileiros são muito hospitaleiros, bonitos e está valendo à pena".
O espaço tem ainda quatro unidades móveis de tratamento intensivo, dois postos médicos e dez torres de policiamento, além de uma loja de produtos com a marca da Copa do Mundo e uma tirolesa.
Quem ficar do lado de fora também pode curtir o show já que o telão está posicionado no alto do palco. Foi o caso das professoras aposentadas que vieram de Petrópolis, região serrana, para passar o período dos jogos na capital fluminense, Maria Lúcia Hammes, 63 anos, e Elizabeth Morete, 50 anos. Elas desistiram de entrar quando viram a fila, mas pretender entrar no local amanhã.