Quando o jogo começou, a multidão aplaudiu. A área reservada à imprensa, onde dezenas de jornalistas produziam e enviavam matérias e fotos ficou praticamente vazia.
O gol da Croácia foi marcado por um silêncio desconfortável. Poucos fãs se manifestaram, como o estudante croata Damian Bernard, que pulou e gritou de alegria.
“Sequer imaginei que faríamos um gol. Então fui à loucura quando vi a bola entrar”, disse ele, que afirmou não ter qualquer receio de celebrar a vitória da Croácia rodeado por brasileiros descontentes. “Vim em paz, não acredito que me façam nada de mal”. Bernard vai ficar Brasil por cinco semanas para acompanhar o Mundial.
O segundo gol, do Brasil, trouxe alívio para a maioria dos torcedores presentes. Apesar da proibição e da rigorosa fiscalização na entrada do local, um rojão foi aceso próximo à área destinada às pessoas com deficiência, sem incidentes.
O segundo tempo foi de apreensão pelo empate até que Neymar marcasse mais um para o Brasil.
Das areias, era possível ver os fogos de artifício lançados no Morro do Chapéu-Mangueira, no Leme, bairro vizinho de Copacabana.
Com o risco de chuva descartado, a temperatura amena e a lua cheia decorando o céu, a fila para entrar na arena continuava mesmo após o fim do jogo e milhares de pessoas confraternizavam do lado de fora, quando a banda de pagode Sorriso Maroto entrou no palco.
A garçonete Maria Auxiliadora da Costa chegou pouco depois do fim do segundo tempo. “Vi o jogo em casa e vim para cá curtir o show para comemorar a vitória do Brasil", disse ela, que mora em Copacabana, a poucas quadras do palco..