A comerciante Jati de Assis, de 62 anos, estava com a mãe, Cecy, de 87, num restaurante na 28 de setembro quando a confusão chegou à avenida de Vila Isabel. "O jogo estava no início, eles (manifestantes) passaram correndo e os garçons fecharam o restaurante. Ficamos lá dentro uns 30 minutos, foi assustador", contou Jati, que decidiu ir embora com a mãe na hora do intervalo. "Já não havia mais clima. Sou doida pela Argentina, estava de camisa da seleção e tudo, mas ficamos tensas", explicou.
Dona de um restaurante na esquina da 28 de setembro com rua Silva Pinto, Jati contou que ela e os outros comerciantes do Boulevard desistiram de abrir as portas na quarta, com a possibilidade de novos protestos no entorno do Maracanã. "Antes, o comércio fechava cedo por causa de confusão no morro", disse ela, moradora de Vila Isabel há 34 anos, lembrando-se dos dias tensos antes da pacificação do Morro dos Macacos, ocupado pela polícia desde 2010.
As vidraças das fachadas das agências de Caixa, Itaú e Banco do Brasil foram as mais danificadas. Com as lojas temporariamente fechadas para que pudessem ser removidos os cacos de vidro, filas acumulavam-se nas entradas por volta das 11h, com clientes aguardando desde às 9h30.
O protesto no entorno do Maracanã chegou a reunir cerca de 500 pessoas.