O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) afirma que são 1,4 mil atendimentos diários na unidade. O número envolve uma das reclamações dos médicos grevistas: a categoria afirma que a unidade tem capacidade para apenas 700 atendimentos diários, mas tem recebido o dobro de pacientes. De acordo com o Simesp, a demanda é alta porque a região onde está localizado o Hospital Universitário tem carência de serviços de atenção primária. É um hospital cujo objetivo seria formar médicos para atender com qualidade a população, e acaba respondendo por uma demanda assistencial muito grande, diz Gerson Salvador, diretor do Simesp e integrante do comando de greve.
O HU tem cerca de 280 médicos e, segundo o sindicato, todos aderiram à greve.
A USP e as demais universidades estaduais entraram em greve no dia 27 de maio. Na semana passada, os médicos e servidores do HU decidiram aderir, mas nós iniciamos a paralisação só hoje (ontem) porque, no nosso caso, temos de avisar o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a direção do hospital sobre qualquer paralisação com 72 horas de antecedência, explica Salvador. Ele diz que, embora a greve dos médicos esteja vinculada ao movimento geral dos servidores da USP, tem uma pauta própria de reivindicação que inclui a melhoria nas condições de trabalho dos médicos e a contratação de mais profissionais.
Uma nova assembleia de médicos foi marcada para a próxima segunda-feira, mas, segundo a categoria, ainda não há indicativo de que a paralisação será interrompida. Questionado sobre a greve, o HU não informou se está em negociação com os profissionais nem se definiu algum esquema especial de atendimento durante o período de paralisação.
Universidades.
A greve dos servidores e dos professores atinge, além da USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) desde o dia 27 de maio. Ela foi motivada pela decisão do conselho de reitores de dar reajuste zero às duas categorias em 2014. A grave situação financeira das instituições é apontada como motivo para o congelamento dos salários. Os docentes e servidores pedem 9,78% de aumento..