Se aprovado pelos vereadores, o projeto de lei viabilizará de forma mais rápida a construção de ao menos 2 mil unidades habitacionais no local por meio do programa federal Minha Casa Minha Vida. O compromisso de erguer as moradias em Itaquera foi dado a Boulos pela própria presidente Dilma Rousseff, em reunião realizada menos de uma semana após a invasão.
Segundo Alfredinho, além de reclassificar o zoneamento da área, o projeto também especifica que as futuras moradias a serem erguidas no terreno deverão ser ocupadas por famílias cuja renda mensal não ultrapasse três salários mínimos - nos valores atuais, R$ 2.172. "É para baixa renda mesmo." O parlamentar afirmou, no entanto, que a escolha das famílias que terão direito às unidades não compete à Câmara. "Isso será resolvido pelos governo federal e municipal", disse.
José Police Neto (PSD) também protocolou projeto de lei hoje relativo à Copa do Povo. O texto do vereador, porém, não altera o zoneamento do terreno de Itaquera e, por isso, deve ter dificuldades de ser votado em plenário. Police Neto e a bancada do PSDB anunciaram nesta segunda-feira que são contrários ao acordo firmado com Boulos. A principal crítica é que o projeto colocará os associados do MTST na frente dos demais moradores de São Paulo que estão na fila por uma moradia.