Foram quatro horas de discussão entre a magistrada, o promotor Gareth Christofi e os quatro advogados representando os policiais Eric Lim, Damien Ralph, Scott Edmondson e Daniel Barling, acusados de agressão.
Foi a quarta derrota da Policia no caso, depois que o tribunal que investigou a morte, o comitê que examinou a conduta policial e a promotoria pública recomendaram que os policiais fossem julgados.
Os advogados alegaram que as instituições tiveram o tempo que precisaram para preparar as acusações e que eles agora necessitavam de um prazo maior para organizarem a defesa. A promotoria também afirmou não estar preparada para um julgamento antes de outubro.
Em resposta ao argumento de que a defesa não participou dos processos e que os advogados tem compromissos agendados, a Magistrada disse que "as cópias dos relatórios estão disponíveis" e que devido à importância do caso "outros compromissos deveriam ser cancelados".
"Um processo que está sendo prorrogado desde 2012 necessita uma solução rápida", afirmou. "A disponibilidade de cada um não é determinante. O julgamento está marcado e os acusados podem ter outros advogados, se necessário".
Uma das razões para a demora do julgamento foi a promotoria insistir em acessar os depoimentos que os policiais deram em investigações anteriores sob a condição de que as informações não seriam usadas contra eles.
A magistrada lembrou também que mais tempo poderia afetar a memória das testemunhas. Nas quatro semanas de julgamento, várias testemunhas que depuseram na investigação da morte serão questionadas novamente, incluindo os acusados, que se declaram inocentes e continuam suspensos de suas atividades.
A magistrada chegou a questionar o conhecimento dos regulamentos pelos advogados, perguntando se eles consideravam esse caso "excepcional" e encerrou a sessão afirmando que "esse assunto está agora sob o controle do tribunal e será julgado na data marcada, para o bem da justiça, dos acusados e da comunidade".
Domingos Laudisio, o tio de Roberto Laudisio Curti que acompanhou a investigação da morte há dois anos em Sydney, diz que "a justiça talvez será feita pelos atos barbáricos perpetrados por esses indivíduos, apesar de não estarem sendo julgados por tortura e homicídio culposo, os crimes mais sérios que cometeram"..