O Movimento Ocupe Estelita vai procurar o Conselho Nacional de Justiça para pedir esclarecimentos sobre o cumprimento do mandado de reintegração de posse do Cais José Estelita, na região central do Recife, que aconteceu nessa terça-feira (17). A ação da Polícia Militar, condenada pela Anistia Internacional, deixou um rastro de seis detidos e pelo menos 35 feridos, de acordo com os organizadores do movimento. De acordo com a advogada Liana Cirne Lins, uma das articuladoras do grupo, a reintegração desrespeitou a negociação que estava sendo realizada com o Governo de Pernambuco e o Consórcio Novo Recife.
O grupo também exige a soltura imediata de Deyvson Pereira Aguiar, encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, por porte de explosivos. O rapaz, que mora no Coque, é o único que permanece detido dos seis encaminhados para a Central de Flagrantes durante a operação.
O pronunciamento dos representantes do movimento foi feito na tarde desta quarta-feira (18), em coletiva de imprensa, debaixo do Viaduto Capitão Temudo. Os integrantes denunciam também a presença de trabalhadores da construtora dentro da área.